A história dessa causa – que começou apenas como um canal – é muito interessante.
Tem a ver com uma vida inteira de sintomas tentando encontrar motivo e diagnóstico. Tem a ver com a busca por razões que deu uma nova razão: a de criar um espaço para falar de urticária – tema ainda tão pouco discutido.
Começamos no dia 9 de fevereiro de 2016 com um vídeo caseiro e sem muitas pretensões. A única ideia absoluta é de que deveria se chamar 3000dias. Sim, nome curioso que todo mundo quer entender.
Esse nome veio de uma ocasião em que me pediram pra escrever sobre urticária. Topando o desafio, fiquei imaginando como deveria ser o título.
Foi aí que eu intitulei o texto de 3000dias. Porque numa conta rápida era isso que dava: tempo que eu estava vivendo com os sintomas sem sequer ter o diagnóstico preciso.
O texto dos 3000dias me marcou muito porque falava de uma Valéria cheia de dificuldades e questões, que se sentia desconfigurada por causa da doença, que percebia que uma doença de pele pode ser bem complicada, não em si mesmo apenas, mas no entorno, porque leva a tantos outros desesperos.
Esse texto me ajudou a entender o que eu ia fazer com aquilo tudo.
E mais tarde, me provocou a chamar esse projeto que encabeço, assim.
Numa história de 14 anos no convívio com a doença e cerca de 3000dias pra saber o que era ela, de fato.
História longa que me dá um gás pra pensar que dá pra usar esse período todo como exemplo para facilitar os dias de outras pessoas, nessa jornada de diagnóstico, que no caso AINDa é o primeiro e intenso calvário dessa rotina itinerante com urticária.
Itinerante, porque sempre vai mudando, em dias que os sintomas vêm, e outros que eles somem.
Acho que a vida me deu alguns limões nesse tempo. A reflexão disso provocou essa limonada toda.
Ah, temos um vídeo no youtube contando mais sobre isso, veja:
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