Quando eu criei o 3000dias uma coisa eu sabia: era que estava construindo algo que não estava no papel.
Nunca teve um planejamento certinho, sabe? Mas eu fui encontrando o caminho enquanto caminhava por ele.
No desenrolar desses quase 3 anos de trabalho, o que temos feito coloca uma única ideia no centro: as pessoas.
Isso porque não são números, dados ou mera informação que conectam e geram acolhimento, mas as próprias histórias de pessoas reais, carregadas de vivência e daí sai aquele: “Puxa, é exatamente assim que eu me sinto.”
Eu comecei a perceber que não estava sendo uma voz sozinha falando de mim mesmo, mas eu fui encontrando um lugar de representatividade, como que emprestando minha fala para de tantas outras pessoas.
Hoje, me sinto como que uma agitadora da causa, trazendo verdade por trás de cada conteúdo que escrevo, filmo e posto.
Quando comecei esse trabalho a ideia era exatamente essa também, a de me conectar com outras pessoas, ficar sabendo mais sobre a doença, sobre os pacientes e o que eles estavam fazendo para viver melhor.
Foi aí que conheci o significado da frase: Dor compartilhada é dor diminuída.
O nosso objetivo é promover conteúdo que gere conscientização da urticária à quem não conhece e empatia para aqueles que convivem com ela.
O sonho do 3000dias se fundamenta especialmente nisso, através de uma base que envolve tudo que fazemos:
Por meio de conteúdos constantes, com dicas, relatos sobre tratamentos, descomplicação de dados científicos e tudo que produzimos, conseguimos pouco a pouco com essas doses de informação, gerar um conhecimento mais sólido, mais profundo sobre a doença, e quando isso acontece, se converte numa mudança de atitude.
Então, o que o 3000dias trabalha para alcançar é exatamente essa mudança de atitude.
Tanto nos pacientes, que mais informados poderão se sentir mais reconhecidos, representados e sairão de um ambiente de isolamento para um de acolhimento. Quanto para as pessoas em geral, que mais bem informadas, quebrarão seus preconceitos e tabus. E isso tudo gera uma conscientização em várias esferas.
Nós amamos a comunidade afetada. Nós emprestamos nossa história pra ela diariamente. E tudo que fazemos é para provocar um impacto positivo, que através de uma mensagem (que sempre pode ser poderosa) pode gerar uma mudança de atitude.
Nosso sonho é exercer cidadania assim.
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